Você já parou para pensar como alguns desenhos animados viram febre em seus países de origem, com bonecos voando das prateleiras, mas aqui a gente mal ouve falar deles?
Eu, por exemplo, fiquei super curiosa com “Turning Mecard”, uma franquia sul-coreana que dominou as vendas lá. Lembro que na Coreia do Sul, era uma loucura total em 2015, mas quando olhamos para o Brasil ou Portugal, a história é bem diferente, não é mesmo?
Ele até chegou a ser exibido no Cartoon Network e SBT no Brasil em 2018, mas parece que não teve o mesmo impacto estrondoso. Será que é questão de cultura, de marketing, ou talvez o gosto simplesmente mude com a latitude?
Confesso que essa diferença me deixou intrigada e resolvi mergulhar fundo para entender o que realmente aconteceu. Vamos descobrir exatamente o porquê dessa discrepância e o que faz um fenômeno cultural cruzar (ou não) as fronteiras!
Olá, pessoal! Tudo bem por aí? Eu estou aqui, mergulhada nas minhas lembranças de quando a gente via algumas séries animadas lá da Coreia do Sul explodirem de popularidade, virando um fenômeno cultural com brinquedos que sumiam das prateleiras em questão de horas.
Mas aí, quando esses mesmos desenhos chegavam aqui, a história era outra, né? Eles até faziam um barulhinho, mas não com o mesmo furor. E sabe o que me pegou de jeito?
“Turning Mecard”! Lembro de como era uma loucura total na Coreia do Sul por volta de 2015, tipo, os bonecos voavam das prateleiras, as crianças piravam.
Mas, aqui no Brasil e em Portugal, a gente via o desenho passando na TV, até no Cartoon Network e no SBT em 2018 no Brasil, e a sensação era bem diferente.
Não rolou aquela avalanche de brinquedos ou a mesma paixão arrebatadora. Pensa comigo: será que é a cultura? Será que o marketing não engrenou?
Ou será que os gostos mudam mesmo com a distância? Eu fiquei super intrigada com essa diferença e resolvi investigar a fundo o que realmente aconteceu, e quero compartilhar minhas descobertas com vocês!
A Explosão Coreana de “Turning Mecard”: Um Fenômeno Incontestável

A Coreia do Sul é um universo à parte quando o assunto é cultura pop, e “Turning Mecard” é um exemplo perfeito de como eles conseguem criar hits que dominam o mercado local.
Em 2015, quando a série estreou, foi um verdadeiro furor! Lembro-me de ver notícias e vídeos mostrando a loucura que era para conseguir os brinquedos.
As crianças sul-coreanas simplesmente foram à loucura com a ideia de carros que se transformavam em criaturas fantásticas, os Mecardimals, e as batalhas estratégicas que aconteciam.
A franquia, que nasceu de uma parceria entre a Sonokong e a Heewon Entertainment, com a Mattel cuidando da distribuição global, soube exatamente como tocar o coração da garotada.
Não era só um desenho; era uma experiência completa com brinquedos colecionáveis e cartas que permitiam recriar as batalhas em casa. Eu fico imaginando a alegria da molecada abrindo aqueles pacotes, a emoção de ver qual Mecardimal viria e a estratégia por trás de cada jogo.
Era algo que ia muito além da tela, criando uma interação física que, cá entre nós, é algo que faz falta hoje em dia com tanta coisa digital. Essa conexão profunda com o público-alvo, alinhada a uma narrativa envolvente e personagens carismáticos, pavimentou o caminho para um sucesso estrondoso, consolidando “Turning Mecard” como um ícone da animação infantil coreana.
O Segredo do Impacto Local
O que eu percebi é que o sucesso de “Turning Mecard” na Coreia não foi por acaso. Havia uma combinação de fatores culturais e de mercado que criaram o cenário perfeito.
A indústria de animação coreana, que já tem um histórico de produzir personagens de sucesso e exportar suas criações globalmente, tem um entendimento muito íntimo do seu público.
Eles sabem o que cativa, o que emociona e o que faz as crianças sonharem. Além disso, a forma como a franquia foi lançada – com a animação e os brinquedos chegando praticamente ao mesmo tempo – criou um ciclo vicioso de engajamento.
As crianças assistiam, queriam os brinquedos para imitar as batalhas, e os brinquedos, por sua vez, as conectavam ainda mais à história e aos personagens.
Era uma sinergia perfeita entre conteúdo e produto.
A Conexão Emocional com a Audiência
Sabe aquela sensação de pertencer a algo? Acho que foi isso que aconteceu com “Turning Mecard” na Coreia. Os criadores conseguiram estabelecer uma ligação emocional muito forte com a garotada.
Os personagens eram fáceis de se identificar, as histórias eram cheias de aventura e amizade, e a ideia de carros transformáveis apelava diretamente à fantasia infantil.
É como se cada criança pudesse ser um protagonista daquela história, travando suas próprias batalhas com seus Mecardimals. Essa imersão profunda e a capacidade de transportar a magia do universo animado para o mundo real dos brinquedos foram, na minha opinião, um dos pilares desse sucesso tão avassalador.
A Aterrissagem Tímida em Terras Lusas e Brasileiras
Ah, a chegada de “Turning Mecard” por aqui! Lembro bem da expectativa, pelo menos da minha, quando soube que a Mattel traria essa febre coreana para o ocidente.
A série estreou no Cartoon Network no Brasil em junho de 2018, e até rolou umas aparições no SBT, dentro do Sábado Animado, mas foi meio que de relance, sabe?
A adaptação brasileira veio com a dublagem baseada na versão americana, e eu até me pergunto se isso não tirou um pouco da essência que fazia o original tão especial.
Tinha até uma dublagem adaptada da versão coreana em andamento, mas acabou sendo cancelada, o que é uma pena, porque talvez o toque original fizesse toda a diferença.
A gente esperava um “boom” parecido com o que vimos na Coreia, mas a realidade foi bem mais modesta. Os brinquedos chegaram, sim, mas não com aquela intensidade, não viraram o objeto de desejo número um da criançada.
Eu, que sou uma entusiasta da cultura pop, percebi que não havia a mesma mobilização, as mesmas filas ou a mesma escassez nas lojas. Foi como se o brilho, de alguma forma, se perdesse na travessia do oceano.
O Desafio da Adaptação Cultural
Na minha experiência, um dos maiores obstáculos foi a adaptação cultural. O que funciona super bem em um contexto, nem sempre tem o mesmo apelo em outro.
As referências, o humor, a dinâmica dos personagens e até mesmo o ritmo da narrativa podem chocar com o que o público local está acostumado. A Coreia do Sul tem uma cultura muito particular, e nós, aqui no Brasil e em Portugal, temos as nossas próprias peculiaridades e o nosso jeito de consumir entretenimento infantil.
Por exemplo, a forma de interação com os brinquedos, a estética dos personagens, e até as mensagens implícitas na história podem ter passado um pouco batido para a nossa garotada, que já está acostumada com outras franquias ocidentais ou até japonesas que já se consolidaram por aqui.
A Saturação do Mercado de Brinquedos
Outro ponto que me fez pensar bastante foi a saturação do mercado. Quando “Turning Mecard” chegou, a criançada daqui já estava imersa em outros universos de brinquedos e desenhos animados.
Pense nos Beyblades, nos Pokémon, nos Bakugan… Várias franquias que já tinham seu espaço garantido e uma base de fãs consolidada. Era difícil competir com algo que já estava enraizado no imaginário infantil.
É como tentar lançar uma nova marca de refrigerante quando todo mundo já tem sua preferida. O desafio de conquistar um novo público, que já tem suas paixões bem definidas, é enorme, e talvez “Turning Mecard” não tenha encontrado o timing ou a estratégia para realmente se destacar e criar uma nova tendência.
Diferenças Culturais e o Consumo de Mídia Infantil
É fascinante como as diferenças culturais podem moldar o sucesso de um produto, especialmente no universo infantil. Eu já percebi isso em diversas outras situações, e com “Turning Mecard” não foi diferente.
O que move as crianças coreanas, com suas brincadeiras e referências, nem sempre é o mesmo que ressoa com a garotada brasileira ou portuguesa. A Coreia do Sul, por exemplo, tem uma forte cultura de colecionismo e um apreço por inovações tecnológicas em brinquedos que se transformam, algo que “Turning Mecard” abraçou plenamente.
Aqui, embora também gostemos de colecionar, o apelo talvez precise de uma camada extra de identificação com o enredo, os personagens ou até mesmo com a forma como o desenho é exibido.
O Impacto da Narrativa e Estética
Pode ser que a narrativa mais complexa ou a estética visual, que é tão característica das animações coreanas, não tenha se conectado da mesma forma com o nosso público infantil.
Crianças são muito visuais e a primeira impressão conta muito. Se a linguagem do design dos personagens ou o estilo da animação não “clicam” de imediato, é mais difícil captar a atenção em um mundo cheio de opções.
Eu, particularmente, adoro a diversidade de estilos de animação, mas entendo que para um público mais jovem, a familiaridade muitas vezes é um fator importante.
Brincadeiras e Interações Sociais
Penso também nas diferenças nas brincadeiras e interações sociais. Na Coreia, a cultura de jogar com amigos, trocando cartas e batalhando com os Mecardimals, era um grande impulsionador.
Aqui, nossas brincadeiras podem ter outras nuances, com foco em outros tipos de brinquedos ou atividades. A ausência de um forte “ecossistema” de fãs engajados em batalhas presenciais ou trocas pode ter impactado a longevidade e a profundidade do engajamento com a franquia.
É preciso que a brincadeira vá além do brinquedo individual, que crie uma comunidade.
A Magia do Marketing e a Adaptação para o Cenário Local
Quem trabalha com conteúdo sabe que o marketing é tudo! E, no meu ponto de vista, a forma como “Turning Mecard” foi posicionado e divulgado aqui no Brasil e em Portugal talvez não tenha capturado a verdadeira essência do que fez dele um sucesso na Coreia.
É uma pena, porque a ideia dos carrinhos que viram robôs é genial! A Mattel distribuiu a marca globalmente, mas a execução local faz toda a diferença.
Não basta apenas trazer o produto, é preciso entender o pulso do público, as tendências e o que realmente faz os olhos da criançada brilharem por aqui.
Um marketing que funciona em Seul pode não ter o mesmo efeito em São Paulo ou em Lisboa.
Estratégias de Lançamento e Engajamento
Na Coreia, o lançamento foi super orquestrado, com a série de TV, os brinquedos e as cartas colecionáveis chegando quase que simultaneamente, criando uma experiência imersiva desde o primeiro momento.
Aqui, embora tenha sido exibido em canais de peso, a percepção foi de que os esforços de marketing não foram tão agressivos ou bem direcionados. Faltou talvez aquela campanha que explodisse nas redes sociais, que criasse memes, que fizesse a criançada pedir os brinquedos incansavelmente aos pais.
É sobre criar uma “necessidade”, um desejo ardente, e isso requer uma estratégia de comunicação que fale a língua do público local, usando referências e formatos que eles entendam e se identifiquem.
O Papel dos Influenciadores e do Conteúdo Digital
Hoje em dia, a influência digital é gigantesca! E, sinceramente, não me lembro de muitos influenciadores mirins ou canais populares de YouTube falando sobre “Turning Mecard” com a mesma paixão que falavam de outras franquias.
Na Coreia, a cultura de youtubers e criadores de conteúdo para crianças é muito forte, e eles provavelmente foram grandes impulsionadores do sucesso. Aqui, talvez a franquia não tenha sido abraçada por essa comunidade digital de forma a amplificar sua mensagem e criar um buzz orgânico, que é tão importante para o sucesso de qualquer produto no mundo moderno.
Um Olhar Sobre o Poder dos Brinquedos e da Mídia

É inegável o poder que os brinquedos e a mídia têm em moldar a cultura infantil. Eu mesma cresci assistindo a desenhos e desejando os brinquedos que me transportavam para aqueles mundos.
“Turning Mecard” é um ótimo exemplo de como essa sinergia pode criar um fenômeno, mas também de como a desconexão entre esses dois elementos pode limitar seu alcance.
A franquia coreana foi construída em torno da interação entre a animação e os brinquedos de transformação. A diversão estava em colecionar, batalhar e dar vida aos Mecardimals, algo que na Coreia, eu percebi, era um ritual entre as crianças.
A Experiência Tátil e a Imaginação
O que eu acho incrível nos brinquedos de “Turning Mecard” é a proposta de transformação. Essa ideia de um objeto que muda de forma, de um carro para uma criatura, é algo que sempre fascinou as crianças.
É um convite direto à imaginação, à criação de histórias e cenários de batalha. A experiência tátil de segurar o Mecardimal, de fazer a transformação, é algo que nenhuma tela consegue substituir completamente.
Essa interação física com o produto era um grande diferencial na Coreia, onde a cultura de brinquedos de ação e estratégia é muito forte.
O Desafio da Integração Mídia-Brinquedo no Exterior
No entanto, por aqui, a impressão que tive foi que essa integração entre a mídia e os brinquedos não foi tão fluida. Talvez a distribuição dos brinquedos não tenha acompanhado o ritmo da exibição do desenho, ou os preços não eram tão acessíveis, o que limitou a capacidade das crianças de se engajarem plenamente com a franquia.
Se o desenho está no ar, mas os brinquedos são difíceis de encontrar ou muito caros, o ciclo de engajamento se quebra. É como assistir a um filme incrível e não conseguir comprar a pipoca para acompanhar.
A experiência fica incompleta, e o potencial de se tornar um verdadeiro fenômeno diminui consideravelmente.
Análise Comparativa: Por Que a Discrepância?
Depois de muito observar e pensar sobre o assunto, cheguei à conclusão de que a discrepância na popularidade de “Turning Mecard” entre a Coreia do Sul e os países de língua portuguesa é uma mistura de fatores.
Não é uma receita de bolo, sabe? Cada mercado tem suas particularidades e o que funciona em um lugar pode ser um tiro na água em outro. É como tentar comparar o nosso café da manhã com um típico café da manhã coreano – ambos são deliciosos, mas têm ingredientes e preparos completamente diferentes!
| Característica | Coreia do Sul (Sucesso) | Brasil/Portugal (Impacto Moderado) |
|---|---|---|
| Lançamento | 2015 – Campanha agressiva, forte sinergia entre TV e brinquedos. | 2018 – Exibição em TV (Cartoon Network, SBT), mas com menor força de marketing integrada. |
| Engajamento com Brinquedos | Cultura de colecionismo e batalhas com cartas/figuras, alta demanda por produtos. | Disponibilidade de brinquedos, mas sem a mesma febre de vendas ou engajamento social em batalhas. |
| Adaptação Cultural | Conteúdo original, forte identificação com a cultura infantil local. | Dublagem baseada na versão americana (em vez da original coreana), que pode ter diluído a essência. |
| Contexto de Mercado | Inovador e bem posicionado em um mercado pronto para a novidade. | Mercado mais saturado com outras franquias de sucesso já estabelecidas. |
A Importância do “Fator Uau” Local
O que eu percebo é que, para um desenho ou franquia de brinquedos realmente explodir por aqui, precisa ter aquele “fator uau” que se alinha com a nossa cultura, com o nosso senso de humor e com a nossa forma de brincar.
Não basta ser bom; precisa ser *bom para a gente*. É um desafio e tanto para qualquer produto global. A Coreia do Sul tem se destacado muito na exportação de cultura pop, como o K-Pop e os K-Dramas, que conseguiram quebrar essas barreiras.
Mas no universo infantil, talvez as estratégias precisem ser ainda mais minuciosas e personalizadas.
As Lições de um Fenômeno Regional
Essa história de “Turning Mecard” nos ensina muito sobre o poder da localização e da compreensão cultural. Um sucesso estrondoso em um lugar não garante o mesmo êxito em outro, e isso é parte da beleza e do desafio do mercado global.
A Coreia do Sul criou algo incrível, mas para que essa magia viajasse intacta, talvez fossem necessárias outras abordagens, mais adaptadas aos nossos gostos e à nossa forma de consumir.
É uma lição valiosa para todos nós que sonhamos em criar algo que toque o coração das pessoas, independentemente de onde elas estejam.
O Futuro das Animações Coreanas e o Mercado Global
Olha, mesmo com o desafio de “Turning Mecard” não ter virado o mesmo fenômeno por aqui, eu sigo super otimista com as animações coreanas! A indústria de lá é super criativa, tem um talento incrível e, o mais importante, está sempre buscando inovar e se conectar com o público.
O sucesso de outras animações coreanas em vários países, como o famoso “Pororo”, que conquistou mais de 130 países (inclusive o Brasil!), mostra que é totalmente possível cruzar fronteiras com sucesso.
Aprendendo com os Desafios
Cada caso de sucesso, ou de um impacto mais moderado como o de “Turning Mecard” por aqui, traz consigo lições valiosas. Eu acredito que a indústria coreana está sempre de olho nesses feedbacks, ajustando suas estratégias para o mercado global.
É como a gente, que aprende com cada postagem, com cada interação. Eles certamente estão estudando o que fez Pororo, por exemplo, ter essa aceitação tão universal, e como aplicar isso em futuras produções.
É uma curva de aprendizado constante, e quem ganha somos nós, consumidores, com mais e mais conteúdo de qualidade chegando até a gente.
A Onda Hallyu e a Animação
Com a crescente popularidade da Onda Hallyu (a onda cultural coreana) no mundo todo, temos visto um interesse cada vez maior pela Coreia do Sul. O K-Pop e os K-Dramas abriram portas e mentes, fazendo com que as pessoas se abram para outros aspectos da cultura coreana.
E eu, pessoalmente, acredito que as animações podem pegar carona nessa onda! Se as produtoras souberem como capitalizar esse interesse geral, adaptando suas estratégias de marketing e conteúdo para cada região, podemos ver muitos outros “Turning Mecards” (mas com um impacto muito maior por aqui!) surgindo e conquistando o coração da criançada no Brasil e em Portugal.
É uma questão de tempo e de estratégia, e eu mal posso esperar para ver o que vem por aí!
Conclusão
Ah, pessoal! Chegamos ao final da nossa conversa sobre “Turning Mecard” e, para mim, foi uma verdadeira imersão nas nuances do que faz um fenômeno cultural realmente acontecer – ou não – em diferentes partes do mundo. Essa análise me trouxe muitos insights e me fez refletir profundamente sobre como a paixão, a inovação e, acima de tudo, a compreensão cultural são ingredientes essenciais. A história de “Turning Mecard” é um lembrete vívido de que cada público tem seu próprio coração, suas próprias referências e sua forma única de se apaixonar. Mas uma coisa é certa: a Coreia do Sul tem um talento gigantesco para criar histórias e personagens que nos encantam, e eu mal posso esperar para ver quais serão os próximos sucessos que irão nos surpreender, quem sabe já com uma pitada especial para o nosso paladar lusófono, tornando-se uma febre tão grande quanto os fenômenos que já amamos por aqui. Continuo acreditando na magia das animações coreanas e na capacidade de elas se reinventarem para tocar corações globalmente, com adaptações cada vez mais acertadas para a nossa realidade.
Informações Úteis Para Levar Para Casa
1. A localização cultural é a chave: O que funciona super bem em um país pode precisar de um ajuste fino (ou até uma reformulação completa) para ressoar em outro. Entender a cultura local, os hábitos de consumo e as referências é crucial para qualquer produto global, especialmente para o público infantil, que é tão particular e se apega ao que lhe é familiar.
2. Sinergia entre mídia e produto: O sucesso estrondoso de “Turning Mecard” na Coreia foi impulsionado pela simultaneidade do lançamento da série e dos brinquedos. Garantir que o público tenha acesso imediato aos produtos que vê na tela amplifica o engajamento, a curiosidade e cria uma experiência completa e imersiva que prende a atenção.
3. O poder do marketing local: Não basta apenas trazer um produto. É fundamental investir em campanhas de marketing adaptadas que falem diretamente com o coração do público-alvo, usando canais, linguagens e influenciadores que sejam relevantes na região. Uma boa estratégia de comunicação é o carro-chefe para o sucesso e para criar aquele burburinho inicial.
4. A saturação do mercado: Em mercados já estabelecidos com franquias de sucesso, como os de Portugal e Brasil, é um desafio ainda maior para um novo produto se destacar. É preciso oferecer algo verdadeiramente inovador ou criar uma conexão emocional muito forte para conquistar um espaço no imaginário infantil e na preferência dos pais.
5. A essência do brincar: Apesar de toda a tecnologia e do fascínio das telas, a interação tátil e a capacidade de um brinquedo estimular a imaginação continuam sendo fatores poderosos. Brinquedos que permitem a recriação de histórias e o engajamento em brincadeiras com amigos têm um diferencial importante para a longevidade da franquia e para criar memórias duradouras.
Pontos Chave a Relembrar
Em resumo, o caso de “Turning Mecard” nos mercados de língua portuguesa, comparado ao seu sucesso esmagador na Coreia do Sul, é um estudo de caso fascinante sobre a complexidade da globalização de conteúdos. Percebemos que as diferenças culturais profundas, a saturação de um mercado já recheado de opções consolidadas e uma estratégia de marketing que talvez não tenha se adaptado totalmente às nossas realidades foram fatores cruciais para um impacto mais moderado. É uma prova de que, para que a magia de uma animação e seus brinquedos realmente floresça além de suas fronteiras de origem, é preciso um profundo entendimento e respeito pelas peculiaridades de cada novo lar que se deseja conquistar, garantindo que a emoção e o encanto se traduzam de forma autêntica e ressonem com o público local.
Perguntas Frequentes (FAQ) 📖
P: Por que “Turning Mecard” não explodiu em popularidade no Brasil e em Portugal como na Coreia do Sul?
R: Sabe, eu percebo que existem vários fatores que podem explicar essa diferença gigantesca. Primeiro, a gente tem que considerar que o mercado sul-coreano de brinquedos e entretenimento é bastante único, e o “Timing” é tudo!
“Turning Mecard” chegou lá em 2015 e pegou um nicho muito específico de crianças que adoram robôs transformáveis e batalhas de cartas. Aqui no Brasil e em Portugal, ele só foi aparecer em 2018.
Convenhamos, três anos é uma eternidade no mundo infantil, não é mesmo? Nesse meio tempo, outras franquias já estavam super consolidadas. Além disso, a versão que chegou para nós, tanto no Cartoon Network quanto no SBT, foi uma adaptação da versão americana, muitas vezes mudando um pouco o nome (virou só “Mecard”, em alguns lugares) e o estilo de dublagem.
Às vezes, essa “ocidentalização” tira um pouco da essência original que fez o sucesso lá fora. Sem contar que, cá entre nós, já temos muitos brinquedos e desenhos ocidentais dominando as prateleiras e a televisão, então para algo novo e tão diferente se destacar, a aposta precisa ser muito mais alta!
P: Quais são os principais desafios para um desenho animado estrangeiro fazer sucesso em mercados como o brasileiro ou português?
R: Olha, essa é uma pergunta que me faz pensar bastante! Na minha experiência, um dos maiores desafios é a forte concorrência. Nossos mercados já estão saturados com produções ocidentais de peso, da Disney à Pixar, passando por outras animações europeias e até as brasileiras que estão ganhando cada vez mais espaço.
Outro ponto crucial é a adaptação cultural. O que é super legal e engraçado na Coreia do Sul, com suas particularidades e referências, pode não ter o mesmo apelo aqui.
Lembro de um amigo que mora no Japão e me contava como certos brinquedos lá têm um nível de detalhe e uma narrativa que são intrínsecos à cultura japonesa, e nem sempre essa profundidade é transmitida ou compreendida em outros lugares.
A estratégia de marketing e distribuição também é fundamental. Um lançamento estrondoso com muita publicidade, como provavelmente aconteceu na Coreia (pela própria força do fenômeno), é difícil de replicar por aqui, onde o investimento em uma franquia desconhecida pode ser menor.
Além disso, a forma como os conteúdos chegam até as crianças mudou muito, e nem todos os canais de TV aberta têm o mesmo espaço para animações infantis como antigamente.
P: Existem exemplos de animações sul-coreanas que conseguiram conquistar o público por aqui, e o que podemos aprender com elas?
R: Com certeza! Não é que o público daqui não curta produções sul-coreanas, muito pelo contrário! Pensando bem, temos casos de sucesso estrondoso como “Pucca”, que muitos até pensam que é japonês ou chinês, mas é sul-coreano e fez o maior sucesso nas nossas TVs.
“Pororo, o Pequeno Pinguim” também é um fenômeno, conhecido como o “Presidente das Crianças” na Coreia e transmitido em mais de 130 países, incluindo o Brasil, na TV Cultura!
E quem não conhece os “Super Wings”, que também vêm de lá e são super populares? O que eu vejo nessas histórias de sucesso é que elas têm alguns pontos em comum: personagens carismáticos, temas universais como amizade, aventura e superação, e muitas vezes uma forte mensagem educativa.
A qualidade da animação é inegável, e a forma como a história é contada consegue cativar crianças e pais, independentemente da origem. Ou seja, não é impossível, mas exige uma estratégia de adaptação e um “algo a mais” que ressoe com o nosso jeitinho e cultura, talvez com a ajuda de uma boa localização de conteúdo e um marketing que entenda a nossa dinâmica.
É tudo uma questão de encontrar a fórmula mágica que conecta o conteúdo ao coração do nosso público!






